A constatação de que o uso da tecnologia Blockchain pode ampliar a capacidade de  proteção e rastreio de informações referentes ao Orçamento Público foi uma das principais conclusões da Parada Hacker: Blockchain, debate promovido pelo Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados.

Na ocasião, segundo publicação do Blog do LabHacker, o consultor em projetos de tecnologias inovadoras, que trabalha na pesquisa com criptomoedas e o uso do Blockchain, Walker Alencar, teria mencionado a dificuldade de monitorar um valor transferido do Governo Federal, passando pelo Estado até ser aplicado em uma escola municipal como um problema que o Blockchain poderia resolver. “Além disso, essa tecnologia simplifica bastante o trabalho de auditorias, tanto pelas instituições de fiscalização quanto por cidadãos”, disse.

Nas palavras do especialista,  Blockchain pode ser comparado com um grande “livro digital” que guarda todos os registros das transações eletrônicas ocorridas em uma rede. Cada computador da rede armazena uma cópia do “livro” – um conjunto único de registros guardados na forma de blocos encadeados (daí o nome, Blockchain: cadeia de blocos).

Walker fez uma comparação da criptografia usada no Blockchain com os dígitos verificadores do CPF (nosso Cadastro de Pessoa Física na Receita Federal). Os dígitos verificadores são calculados por um algoritmo, com base nos nove primeiros dígitos. Se alguém informa um CPF com os dígitos verificadores incorretos, ele não será reconhecido como válido – seja pela própria Receita Federal ou um banco, por exemplo.

A criptografia utilizada no Blockchain funciona de maneira parecida: criam-se “dígitos verificadores” muito longos, com base em algoritmos, para assegurar que uma determinada informação é verdadeira. Se alguém tentar modificar a informação, os “dígitos verificadores” acusarão a falsidade e a informação será descartada. Além disso, uma vez armazenada em Blockchain, a informação permanecerá inalterável. Assim, seria possível prevenir a falsificação de informações e fraudes de diversos tipos em documentos eletrônicos.

Fonte: Cantarino Brasileiro
Revisado por: Walker de Alencar